quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O que aconteceu

Acordo com a cabeça a mil por hora. Ainda não caiu a ficha sobre a noite passada. Olho no relógio em forma de pinguim que ele me deu de presente de aniversário. São 15h. Realmente dormi tanto assim? Minha barriga ronca de fome. Mas não vou comer agora. Preciso escrever. Foi por isso que acordei. Preciso colocar isso tudo em um pedaço de papel. Procuro a caneca e o bloco de anotações. Está tudo em seu devido lugar. Tudo. Menos eu. Estou perdida, com um peso enorme nas costas. Preciso descarregar isso. O que mesmo? Ah, sim. Noite passada. Júlio. Não, Paulo. Ou seria o Pedro? Não interessa. Era ele. Voltou. Não queria, mas voltou. Voltou para me bagunçar, re-bagunçar. Queria que fosse um sonho, mas foi real, até demais. Ainda tenho as marcas. As visíveis e as internas. Cadê as palavras?

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