sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Artista

Por favor, não seja um artista frustrado. Não há coisa pior do que isso. Se você tem sonhos, faça o possível para realizá-los. Se você tem ideias, externalize-as. Por mais idiotas que elas pareçam ser. Mesmo que poucas pessoas vão ver/ler/ouvir, ponha para fora o que você tem em mente. Pode ser apenas algumas palavras, uns rabiscos ou algumas notas musicais. Não seja egoísta, deixe sua imaginação fluir.

http://www.deniszilber.com/


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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Autoapresentação

Fim de semestre. Hora de pegar as notas... e também os trabalhos corrigidos rsrs E peguei um que há tempos queria postar aqui. Escrevi para uma atividade em sala de aula, mas ficou com cara dos textos aleatórios que escrevo =P

A atividade era utilizar o texto "Autoapresentação", escrito por Marcos Rey, para fazer a sua própria autoapresentação. E aqui está a minha:



Eu sempre fui leitora. Mesmo quando não sabia de fato ler. Eu sempre gostei de bonecas. Mesmo quando ainda não sabia preservá-las. Eu sempre achei que existia um muro entre o sonho e a realidade. Eu sempre achei que esse muro era alto demais para pular. Eu sempre achei que ficaria presa no meu universo dos livros, esse universo fictício, que transborda sonhos.

Até que a pilha de livros era alta suficiente para chegar ao topo do muro. Cheguei lá e me joguei. Caí na realidade. E só então pude ver que o outro lado do muro nada mais é do que sonhos que foram realizados. E fui concretizar meus sonhos, para pertencer à realidade. Na minha estadia em meu mundo dos livros, eu sempre fui apaixonada pelas palavras. E no mundo da realidade eu procurei uma maneira de levar essas palavras as outras pessoas. E assim decidi pelo curso de Letras. Decidi me preparar para seguir meu sonho.

Foi quando eu vi que meus sonhos podiam ser moldados, lapidados, reciclados, mastigados... Foi quando eu percebi que meu sonho do mundo dos livros nunca seria concretizado. Foi quando eu percebi que meus sonhos do outro lado do muro nunca mais seriam os mesmos. Foi quando eu percebi que eu não era mais a mesma.

Eu me vi em situações diferentes, eu me vi convivendo com pessoas que nunca imaginaria conviver.

Continuo querendo levar o conhecimento das palavras adiante, mas como levá-las de uma forma especial? Como levá-las para pessoas que não vêem a realidade da mesma maneira que eu? Como levar essas palavras para pessoas que não escutam?

Não me apresentei propriamente dito até agora. Sou escritora. Mas meus textos vão todos parar em uma gaveta. Muitos textos ainda nem foram para o papel. No meu primeiro semestre de graduação conheci uma garota surda. E fui apresentada a uma nova realidade. Quero saber mais sobre essa realidade. Quero ajudar quem nela vive.

Quer saber? Não dispenso um bom chocolate.



A atividade foi desenvolvida na aula de Metodologia de Pesquisa em Letras, com a Professora Anair. 




E aqui o texto original:

Eu nunca fui criança. Quando tinha 20 meses, ouvi meu pai dizer que os tempos eram bicudos, e isso estragou tudo. Mas me lembro do quintal noturno em que, sentados em degraus de cimento, o velho me contava histórias das Mil e uma noites. Era uma rua pobre com fundos para uma rua rica. Imaginem, atrás de minha casa morava uma baronesa. Nas noites de calor, um perfume saltava o muro plebeu do encadernador de livros, que meu pai era. Devia ser jasmim-do- cabo, tão bom de ser respirado, que eu o aguardava e procurava, pelo quintal, durante todo o verão. Para mim, que já sabia das diferenças sociais, não era apenas uma fragrância vegetal mas o cheiro das coisas e do mundo da baronesa, separado de nós por um muro muito alto.
Acho que esse muro, separando duas casas e dois universos, ligados apenas por um ocasional perfume de jasmim, materializou cedo demais a realidade. Certa manhã, coloquei uma cadeira sobre uma mesa e encaixando o pé numa saliência do muro, arranhando as mãos, espiei - eu consegui - durante um instante e a casa já castelo da baronesa. Meio século depois, a cena ou fotograma não se deteriorou. O quase não visto era um gramado batidíssimo de sol, sobre o qual uma menina loura, de poucos anos, corria atrás dum cachorrinho branco sob a vigilância duma governanta, que gritava algum nome terminado em i, não soube se da garota ou do cão.
Depois... depois, nada. Nem me lembro, por que contei, Fanny, essas lembranças de baú. Talvez fosse o perfume do jarmim-do-cabo e o gramado da baronesa., o que vi e aspirei da infância, o que restou dela, pois em tempos bicudos as crianças já nascem velhas. É o que deve estar acontecendo agora, principalmente no Brasil.
Quando escrevo meus infantis é o que me pergunto: se escrevo para o menino sobre o muro, o espião da nanhã ensolarada, ou se para a menina loura do cenário da baronesa. A que lado do muro estou oomo escritor e a que lado estão os outros que escrevem?
Mas isso é uma auto-apresentação? Acho que não. Apresento-me, pois. Sou um escritor que gosta de cachorros de raça, foxes-blues e cereja de Martinis. Não tenho filhos porque quem escreve para crianças precisa de silêncio em casa. Para escrever, sento e escrevo. Às vezes, porém, fico de pé e escrevo. Sou machista romântico. Meu maior sonho era ter um harém, cercado de eunucos, todos do PDS. Mentira que escrevo também para adultos. Memórias de um gigolô e O enterro da cafetina escrevi para crianças do futuro. Mas não faço a cabeça delas, vendo-lhes
emoção.
Currículo? Fui redator de arádio, publicitário, jornalista, famoso roteirista de pornochanchadas (33), escrevi de tudo na TV, fui inclusive ghost-writer de telenovelistas consagrados, e no merchandising vivo de marca de lenço. E sou apsentado por tempo de serviço. Mas a máquina e a mesa ( o quarto todo, a casa toda) só vibram quando deixo de escrever para muitos para escrever para poucos: livros.
Mais? Ah, detesto coalhada.



p.s.: sim, eu uso folhas do Pooh pra entregar atividades acadêmicas. Me julgue.


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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Amar é bom?


Quem foi que disse que saber viver é fácil? Não existe nenhum livro explicando o que devemos fazer com todos os obstáculos que aparecem no caminho. Ninguém nos ensina a amar. Ninguém nos ensina como isso dói, machuca, fere.

Amar é bom? É ótimo. Mas ao mesmo tempo não. Como controlar um sentimento incontrolável, que cresce a cada momento, tomando conta de todos os seus pensamentos? Não se controla. Apenas deixamos para ver no que que dá.


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sábado, 21 de setembro de 2013

Agora chega!

Chega um momento que a gente cansa de paixões platônicas, juras eternas de amor que não duram mais do que alguns dias. Chega uma hora que a gente cansa dessa palhaçada toda, dá uma vontade de jogar tudo pelos ares.


Em um momento tudo é perfeito, tudo é tão gostoso. E vem a falta de sono, aquele friozinho na barriga, aquela coisa boa, um gostinho de quero mais. Os minutos parecem passar rápido demais. O relógio vira um doido inimigo. E no outro momento, tudo que era perfeitinho não é mais. A máscara cai, e a verdade vem à tona.

O peso do fracasso, de mais uma tentativa frustrada. São em momentos assim que desiludimos de tudo. A ideia mais legal é encher a cara e gritar um sonoro "FODA-SE" pra quem quiser ouvir, e pra quem não quiser também. Mas a consciência vem à tona, e por mais que a vontade de fazer coisas estúpidas seja grande, não seguimos em frente. Isso chama-se amor próprio.

Não vale a pena abarrotar o coração de sentimentos tristes e a mente de pensamentos ruins. O melhor a fazer é acionar o botãozinho de descarga. Mandar tudo ir à merda e seguir a vida. De cabeça erguida.

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 Mil desculpas pela demora de colocar algo novo por aqui. Com o final do semestre chegam as consequências da procrastinação... Enfim... Aqui está.

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