sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O vento e a carta

O vento vem em minha direção, com um gosto de água salgada, trazendo consigo uma tonelada de pensamentos. Lembrei-me daquela carta guardada no fundo do armário. Aquela carta que escrevi com o coração apertado e que nunca chegarei a entregar. É. Foi justamente depois daquela noite chuvosa. É... aquela noite chuvosa que ficará para sempre em minha memória. Um desabafo que nunca chegará ao seu destino. Talvez por vergonha... talvez por comodismo... ou talvez por querer deixar o passado em seu devido lugar.

O gosto da água salgada trouxe à tona lembranças mais distantes. Um sorriso, um beijo, um abraço... Entre uma gota de chuva e outra, o mundo ao nosso redor se dissipava.

Aqui estou eu... calma por fora, mas por dentro estou uma tempestade incontrolável de lembranças prazerosas. E quem me dera se a vida fosse feita só desses momentos. Não... A vida nos trás mais tormenta do que calmaria. Uma bigorna insiste em se pressionar contra meu peito, uma lágrima insiste em cair. Porque?

Eu só queria que você pudesse me ler. Ao menos por algumas linhas, até desistir. Uma carta minha só pra você. Especial. Única. Com receios e temores que só você entenderia. Com medos que só você poderia afastar. Eu só queria você. De novo.

















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Céu sem estrelas

É... e não é que isso tudo aconteceu? Perdi o teto mas cadê as estrelas que me prometeram? Cadê tudo aquilo de que "um dia passa"?

Nunca estive tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Nunca me importei tanto ao mesmo tempo em que faço tão pouco caso disso. Nunca me doeu tanto ao mesmo tempo que me conforta.



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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Um banho e os pensamentos

Realmente não há lugar melhor para pensar na vida do que debaixo do chuveiro. Entre diálogos inventados que nunca acontecem, planos para a vida que nuca chegamos a realizar, músicas cantadas que lavam a alma, eu relaxo. Depois de um dia atordoado, ou antes de uma nova sessão de atribulações, o banho é a melhor coisa já inventada.

Aquela água morna que relaxa os músculos, aquele vapor que simplesmente não faz nada, mas de certa forma ajuda... aquele sabonete cheiroso, aquela bucha macia - uma bem áspera às vezes cai bem, para limpar todas as impurezas que recebemos de pessoas impuras.

As pequenas gotas de água vão me limpando, parte dos problemas e das dores de cabeça vão para o ralo embalados no sabão.

E é quando eu não me lavo que o banho é mais produtivo. Penso no que poderia ter dito, no que poderia ser feito. Penso em pequenas brigas, que não passam de sussurros e gritos abafados pelo chuveiro. São nessas brigas imaginárias que me abro, mostro minhas angústias. São essas brigas imaginárias que impedem que eu desconte minhas frustrações em quem não merece.

Diálogos e conversas, encontros e desencontros. Tudo ensaiado para nunca acontecer. Histórias que nascem dentro do box do banheiro mas que nunca saem de lá.

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Premiação

Oi gente,

Desculpem o atraso. Sexta feira passada (04/10) foi a premiação do Concurso Literário que eu havia falado aqui e aqui.








Agradeço novamente a oportunidade oferecida pela Editora Assis e Sinpro Minas.

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

[livro] A menina que roubava livros vs. A culpa é das estrelas

[spoiler]



Realmente, “quando a Morte conta uma história, você deve parar pra ler.” Deve para ler, mas não apenas ler por ler. Deve refletir, pensar, sofrer, chorar. Quando a morte conta uma história, você deve estar totalmente imerso nessa história.



Se eu chorei enquanto lia A culpa é das estrelas, não é nada comparado com A menina que roubava livros. Se chorei a morte de Gus, não foi nada perto das idas de Max. Se sofri a dor dos pais de Hazel, não foi nada perto da dor da mãe de Liesel ao carregar o filho morto e depois entregar a filha para ser criada por outras pessoas.



É claro que sabia desde o começo que haveria morte seguida de morte em ambos os livros. Se eu torcer A culpa é das estrelas, o que vai sair serão células cancerosas, com um toque de Amsterdã. Se eu espremer A menina que roubava livros, o que vai sair é nada mais nada menos que a Segunda Guerra Mundial, cheia de sofrimento, dor, judeus massacrados, familiares e amigos mortos na guerra, e claro, a Morte.



Ah, a Morte. Uma história narrada pela morte. Uma outra visão, embora não menos sofrida, de uma época marcada pelos massacres e pelo sofrimento. Uma visão da Morte sobrecarregada de tantas almas a carregar, e ao buscar uma dessas almas conhece a garota. Uma visão da Morte que encontrou a garota três vezes ainda em vida. Uma visão da Morte. Nada mais. Uma história com um toque de efeito borboleta, que nos prende a cada palavra. Afinal, teria Liesel sobrevivido no porão se não fosse o caderninho preto dado por Ilsa Hermann? Teria Ilsa sido cativada por Liesel caso Rosa Hubermann não tivesse dado à garota a tarefa de levar e buscar as roupas sujas? Não. O roubo dos livros da biblioteca de Frau Hermann feitos pela garota Meminger, a maioria com Rudy acompanhando e ajudando (na medida do possível), é a chave de toda a história.



Rudy, o garoto com cabelos cor de limão. Que como disse a própria morte, morreria sem o esperado beijo de Liesel. Rudy, o garoto que poderia ter sobrevivido ao bombardeio.



São tantos “se” que poderiam ser encaixados aqui. São tantos “se” que poderiam ter aliviado o sofrimento de alguns personagens. São tantos “se” que mudariam por completo o rumo da história. Se... se... se... O fato é: a história é triste. Comovente. Marcada pelos horrores de Hitler. Marcada pelo sofrimento de crianças e adultos, cristãos e judeus. Marcada pela guerra.


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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Artista

Por favor, não seja um artista frustrado. Não há coisa pior do que isso. Se você tem sonhos, faça o possível para realizá-los. Se você tem ideias, externalize-as. Por mais idiotas que elas pareçam ser. Mesmo que poucas pessoas vão ver/ler/ouvir, ponha para fora o que você tem em mente. Pode ser apenas algumas palavras, uns rabiscos ou algumas notas musicais. Não seja egoísta, deixe sua imaginação fluir.

http://www.deniszilber.com/


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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Autoapresentação

Fim de semestre. Hora de pegar as notas... e também os trabalhos corrigidos rsrs E peguei um que há tempos queria postar aqui. Escrevi para uma atividade em sala de aula, mas ficou com cara dos textos aleatórios que escrevo =P

A atividade era utilizar o texto "Autoapresentação", escrito por Marcos Rey, para fazer a sua própria autoapresentação. E aqui está a minha:



Eu sempre fui leitora. Mesmo quando não sabia de fato ler. Eu sempre gostei de bonecas. Mesmo quando ainda não sabia preservá-las. Eu sempre achei que existia um muro entre o sonho e a realidade. Eu sempre achei que esse muro era alto demais para pular. Eu sempre achei que ficaria presa no meu universo dos livros, esse universo fictício, que transborda sonhos.

Até que a pilha de livros era alta suficiente para chegar ao topo do muro. Cheguei lá e me joguei. Caí na realidade. E só então pude ver que o outro lado do muro nada mais é do que sonhos que foram realizados. E fui concretizar meus sonhos, para pertencer à realidade. Na minha estadia em meu mundo dos livros, eu sempre fui apaixonada pelas palavras. E no mundo da realidade eu procurei uma maneira de levar essas palavras as outras pessoas. E assim decidi pelo curso de Letras. Decidi me preparar para seguir meu sonho.

Foi quando eu vi que meus sonhos podiam ser moldados, lapidados, reciclados, mastigados... Foi quando eu percebi que meu sonho do mundo dos livros nunca seria concretizado. Foi quando eu percebi que meus sonhos do outro lado do muro nunca mais seriam os mesmos. Foi quando eu percebi que eu não era mais a mesma.

Eu me vi em situações diferentes, eu me vi convivendo com pessoas que nunca imaginaria conviver.

Continuo querendo levar o conhecimento das palavras adiante, mas como levá-las de uma forma especial? Como levá-las para pessoas que não vêem a realidade da mesma maneira que eu? Como levar essas palavras para pessoas que não escutam?

Não me apresentei propriamente dito até agora. Sou escritora. Mas meus textos vão todos parar em uma gaveta. Muitos textos ainda nem foram para o papel. No meu primeiro semestre de graduação conheci uma garota surda. E fui apresentada a uma nova realidade. Quero saber mais sobre essa realidade. Quero ajudar quem nela vive.

Quer saber? Não dispenso um bom chocolate.



A atividade foi desenvolvida na aula de Metodologia de Pesquisa em Letras, com a Professora Anair. 




E aqui o texto original:

Eu nunca fui criança. Quando tinha 20 meses, ouvi meu pai dizer que os tempos eram bicudos, e isso estragou tudo. Mas me lembro do quintal noturno em que, sentados em degraus de cimento, o velho me contava histórias das Mil e uma noites. Era uma rua pobre com fundos para uma rua rica. Imaginem, atrás de minha casa morava uma baronesa. Nas noites de calor, um perfume saltava o muro plebeu do encadernador de livros, que meu pai era. Devia ser jasmim-do- cabo, tão bom de ser respirado, que eu o aguardava e procurava, pelo quintal, durante todo o verão. Para mim, que já sabia das diferenças sociais, não era apenas uma fragrância vegetal mas o cheiro das coisas e do mundo da baronesa, separado de nós por um muro muito alto.
Acho que esse muro, separando duas casas e dois universos, ligados apenas por um ocasional perfume de jasmim, materializou cedo demais a realidade. Certa manhã, coloquei uma cadeira sobre uma mesa e encaixando o pé numa saliência do muro, arranhando as mãos, espiei - eu consegui - durante um instante e a casa já castelo da baronesa. Meio século depois, a cena ou fotograma não se deteriorou. O quase não visto era um gramado batidíssimo de sol, sobre o qual uma menina loura, de poucos anos, corria atrás dum cachorrinho branco sob a vigilância duma governanta, que gritava algum nome terminado em i, não soube se da garota ou do cão.
Depois... depois, nada. Nem me lembro, por que contei, Fanny, essas lembranças de baú. Talvez fosse o perfume do jarmim-do-cabo e o gramado da baronesa., o que vi e aspirei da infância, o que restou dela, pois em tempos bicudos as crianças já nascem velhas. É o que deve estar acontecendo agora, principalmente no Brasil.
Quando escrevo meus infantis é o que me pergunto: se escrevo para o menino sobre o muro, o espião da nanhã ensolarada, ou se para a menina loura do cenário da baronesa. A que lado do muro estou oomo escritor e a que lado estão os outros que escrevem?
Mas isso é uma auto-apresentação? Acho que não. Apresento-me, pois. Sou um escritor que gosta de cachorros de raça, foxes-blues e cereja de Martinis. Não tenho filhos porque quem escreve para crianças precisa de silêncio em casa. Para escrever, sento e escrevo. Às vezes, porém, fico de pé e escrevo. Sou machista romântico. Meu maior sonho era ter um harém, cercado de eunucos, todos do PDS. Mentira que escrevo também para adultos. Memórias de um gigolô e O enterro da cafetina escrevi para crianças do futuro. Mas não faço a cabeça delas, vendo-lhes
emoção.
Currículo? Fui redator de arádio, publicitário, jornalista, famoso roteirista de pornochanchadas (33), escrevi de tudo na TV, fui inclusive ghost-writer de telenovelistas consagrados, e no merchandising vivo de marca de lenço. E sou apsentado por tempo de serviço. Mas a máquina e a mesa ( o quarto todo, a casa toda) só vibram quando deixo de escrever para muitos para escrever para poucos: livros.
Mais? Ah, detesto coalhada.



p.s.: sim, eu uso folhas do Pooh pra entregar atividades acadêmicas. Me julgue.


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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Amar é bom?


Quem foi que disse que saber viver é fácil? Não existe nenhum livro explicando o que devemos fazer com todos os obstáculos que aparecem no caminho. Ninguém nos ensina a amar. Ninguém nos ensina como isso dói, machuca, fere.

Amar é bom? É ótimo. Mas ao mesmo tempo não. Como controlar um sentimento incontrolável, que cresce a cada momento, tomando conta de todos os seus pensamentos? Não se controla. Apenas deixamos para ver no que que dá.


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sábado, 21 de setembro de 2013

Agora chega!

Chega um momento que a gente cansa de paixões platônicas, juras eternas de amor que não duram mais do que alguns dias. Chega uma hora que a gente cansa dessa palhaçada toda, dá uma vontade de jogar tudo pelos ares.


Em um momento tudo é perfeito, tudo é tão gostoso. E vem a falta de sono, aquele friozinho na barriga, aquela coisa boa, um gostinho de quero mais. Os minutos parecem passar rápido demais. O relógio vira um doido inimigo. E no outro momento, tudo que era perfeitinho não é mais. A máscara cai, e a verdade vem à tona.

O peso do fracasso, de mais uma tentativa frustrada. São em momentos assim que desiludimos de tudo. A ideia mais legal é encher a cara e gritar um sonoro "FODA-SE" pra quem quiser ouvir, e pra quem não quiser também. Mas a consciência vem à tona, e por mais que a vontade de fazer coisas estúpidas seja grande, não seguimos em frente. Isso chama-se amor próprio.

Não vale a pena abarrotar o coração de sentimentos tristes e a mente de pensamentos ruins. O melhor a fazer é acionar o botãozinho de descarga. Mandar tudo ir à merda e seguir a vida. De cabeça erguida.

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 Mil desculpas pela demora de colocar algo novo por aqui. Com o final do semestre chegam as consequências da procrastinação... Enfim... Aqui está.

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Somos todos iguais, na medida da diferença.

Não gostamos do desconhecido. Isso é fato. Quando meninas, não gostamos dos garotos. Quando não sabemos nada e não entendemos nada sobre uma tal disciplina do Ensino Médio, odiamos tal matéria. Quando não conhecemos certas pessoas, não queremos nem chegar perto. Em algumas ocasiões, depois de conhecer, entrar no mundo do desconhecido, continuamos a  não gostar; talvez por falta de afinidade, talvez por conhecer demais. Mas também pode ser que após adentrar nesse tal mundo desconhecido, passamos a amá-lo, ou no mínimo, aceitá-lo.

É algo estranho e engraçado, mas ao mesmo tempo lógico. E é assim por todo o planeta. Somos curiosos, porém temos medo. Queremos conhecer o estranho, mas temos medo do que vamos encontrar por lá. Queremos algo novo, mas temos medo de sair da zona de conforto. Queremos o diferente, mas ao mesmo tempo não queremos largar o antigo.

Uma mania que temos (eu, você, o vizinho) é dizer não. A mania de querer permanecer no mesmo lugar. A mania de achar que caso eu não faça, a pessoa do lado vai fazer. E a pessoa do lado está pensando a mesma coisa! E isso nada mais é do que o medo de sair do lugar, o não gostar do que ainda não está ao alcance.

E assim somos nós. Somos todos iguais, somos todos seres humanos. Mas ao mesmo tempo em que somos iguais somos diferentes. Cada um teve a sua vivência, a sua experiência de vida. Os meus medos e receios não são os mesmos medos e receios que você tem; e também não são os mesmos medos e receios do vizinho ou até mesmo do irmão gêmeo. O meu desconhecido pra você é mais do que conhecido. Somos todos iguais, na medida da diferença.

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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Conversa 04

Vó: Tá com frio?
Eu: Não.

5 minutos depois...

Vó: Tá com frio?
Eu: Não.

Mais cinco minutos depois...

Vó: Tá com frio?
Eu: E se eu disser que estou?
Vó: Vou fazer chá. Vai querer?

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A culpa é das estrelas


Eu sei, meu aniversário é só na sexta (aliás, aceito presentes), mas que culpa eu tenho se eu tenho amigas lindas e fofas? Ein? Pois é. Ganhei meu primeiro presentinho do ano da Lorena hoje ^^.





Assim que eu ler o livro (depois dos vários que estão na fila) eu coloco aqui minhas impressões e um breve resuminho (mesmo que todos já saibam a história...). Enfim, fiquei super feliz com o presentinho! Muito obrigada, Lore! Sua linda!

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domingo, 11 de agosto de 2013

[livro] Grande livro, Grande Leitura

Nesta segunda demos início à leitura do livro "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. As opiniões que ouvi antes da leitura foram várias e diversas: desde "Esse livro é muito é magnífico" até "trauma eterno". Mas uma coisa é fato: é um clássico de leitura obrigatória. Então que mal tem? O que não mata engorda.

Desde o começo percebe-se que o livro traz muitas invenções de sintaxe, se aproximando ao máximo do falar do sertanejo. E quanto a isso, uma coisa é fato: ler em voz alta ajuda muita na compreensão.

"Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu. Quelemém, doutrina dele, de Cardéque."

A escrita peculiar da obra nos passa a impressão de que o falante está conversando com alguém, ou por muitas vezes, tudo faz parte de um grande monólogo.

"Depois, de arte: que o Liso do Sussuarão não concedia passagem a gente viva, era o raso pior havente, era um escampo dos infernos. Se é, se? Ah, existe, meu! Eh... Que nem o Vão-do-Buraco? Ah, não, isto é coisa diversa (...) Ah, o Tabuleiro? Senhor então conhece?"

A lentidão da descrição reforça o aspecto visual da obra, bem como o tempo da memória é reforçado pelo uso de reticências: as memórias e lembranças não são contínuas, mas sim marcadas por esquecimentos e pausas.

"Por mim, tantos vi, que aprendi. Rincha-Mãe, Sangue-d'Outro, o Muitos-Beiços, o Rasga-em-Baixo, Faca-Fria, o Fancho-Bode, um Treciziano, o Azinhavre... o Hermógenes... Deles, punhadão. Se eu pudesse esquecer tantos nomes... Não sou amansador de cavalos!"

E assim adentramos nesse novo mundo, o mundo do sertão... E com uma nova leitura, uma nova descoberta, e inúmeras reflexões.


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Veja minha trajetória para conseguir o livro aqui
Confira a trajetória de leitura do livro anterior, A morte de Ivan Ilitch, aqui e aqui
Entenda um pouco mais sobre o Projeto Lector in Fabula aqui

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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Concurso Literário - Resultado

Olá, galera!

Lembram que eu havia dito que estava participando de um Concurso Literário (aqui)? Então: recebi um e-mail da Assis Editora! Consegui terceiro lugar na categoria contos! A premiação será em Setembro deste ano.

Aqui a tabelinha divulgada pelos organizadores do Concurso:


http://cronicaeliteratura.blogspot.com.br/p/concursos.html

Na página principal do blog tem mais editais para Concursos, quem quiser participar também, dê uma olhadinha por lá ;) Já estou me preparando hahaha

Beijoquinhas, e obrigada pelo apoio e pensamento positivo de todos!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Meu sebo, minha vida: como tudo começou


Esse episódio tinha que ter origem na minha lerdeza! Como sempre, fui deixando pra última hora. Eu tive duas semanas para procurar e comprar o livro "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. E ontem, de última hora, resolvi procurar pelo livro: nenhuma livraria aqui na cidade tinha de pronta entrega e na internet demoraria no mínimo duas semanas pra chegar o pedido, caso eu tivesse sorte. Então pensei: sebos. Não sei porque, mas nunca fui muito de ir a sebos. Acho que o nome me afastou um pouco; só que dessa vez não tinha outra maneira. Procurei na internet e liguei no primeiro que me apareceu (que por coincidência era perto de casa hahaha). E adivinha? O moço que me atendeu disse que só tinha mais UM exemplar, semi novo. Não pensei duas vezes e reservei. Dei um jeito de conseguir R$25,00 e tomei caminho ao sebo. Chegando lá:


- Bom dia!
- Bom dia! Eu liguei aqui agorinha mesmo, reservei um livro...
- Ah, sim! Grande Sertão!
- Isso!
- É pra leitura própria ou pra escola? Só por curiosidade.
- Grupo de Leitura.
- Ah, sim. É que veio uma mulher aqui procurando o livro. Você deu sorte em ligar minutos antes.
- Sério? Hahaha
- Vou pegar o livro pra senhorita. Aqui: praticamente novo. Custa R$25,00.


Nem preciso dizer que sorte assim é uma vez na vida e outra na morte ;)


O livro estava encapadinho em um plástico, praticamente novo. Dava pra ver que ele estava remexido só até a metade, ou seja, a pessoa nem se deu ao trabalho de ler tudo. Gostaria de saber quem foi meu salvador(a). Assim que cheguei em casa, tirei o plástico do livro: só tinha uma folha meio amassada - daquele tipo de pessoa que marca onde parou a leitura dobrando o cantinho da folha.

E cheguei a uma conclusão: vou visitar mais os sebos. Lá é um paraíso! Livros praticamente novos, e por preços baixos. Lógico que tenho que fazer vista grossa para os defeitos, mas mesmo assim! Eu saí de lá só com Grande Sertão porque eu só tinha levado o dinheiro para comprar esse livro. Mas fiquei tentada a voltar lá: tantos livros bons e baratos, alguns bem novinhos.

E devido a esse episódio, achei que seria uma boa ideia criar uma sessão aqui no blog: Meu sebo, minha vida. Sempre que eu me aventurar por um, colocarei aqui minhas aquisições.

Ah! Sim! Quase que esqueço! Escreverei as discussões a respeito do livro feitas no Lector in Fabula, assim como fiz com Ivan Ilitch.

Beijocas ;*

quarta-feira, 31 de julho de 2013

[livro] O final de Ilitch

Enfim, chegamos à reta final de Ivan Ilitch. E todas aquelas reflexões, próprias de quem está em uma situação indefinível, lembra um pouco de Metamorfose (Kafka), em que o sujeito passa a ser um lugar vazio, e toda sua vivência anterior nada mais era que uma questão de posição. Voltando a Ivan, na obra, o criado, Guerássim, é todo solicitude. Aliás, ao que me parece, somente o criado e o filho de Ilitch o compreendem - o menino, logo no início do livro, tem a intuição de que os amigos de seu pai não eram amigos. Enquanto isso, Prascóvia Fiódorovna fingia até ao médico que se importava, como no trecho em que ela chora quando sai para buscar o dinheiro do pagamento dos honorários do doutor (a ambiguidade: chorou pelo marido doente ou chorou pelo dinheiro?)


Em comparação a Crime e Castigo, de Dostoievski, Ivan Ilitch, de Tolstói, possui menos fluxo de consciência e os monólogos interiores são rápidos. A complexidade de compreender o que é a morte implica em mentiras. Ilitch passa a ser um adjeto, um empecilho, que em pouco não estará mais presente, será despejado da realidade - aos poucos foi sendo despejado, tanto que até na própria casa passa a ocupar somente um quartinho.

Ivan nos mostra que precisamos saber lidar com a morte, pois passaremos por essa situação inúmeras vezes: não só a nossa, mas de outrem; tanto que a obra é irônica do início ao fim.

Durante seu período de cama, Ilitch percebe que está preso em uma rede de mentira, que o ser humano está fadado a seguir essências, que na verdade são mentiras. Ao segurar o choro na frente do médico percebe que nem ele consegue desvencilhar da mentira. Quem (ou o que) o faz ver a mentira é a dor, que é personificada (a dor/a doença), que de tão forte se torna concreta para Ivan.

"E o pior de tudo era que ela o atraía para si, não para que fizesse algo, mas unicamente para que a olhasse, bem nos olhos, olhasse-a e se atormentasse indescritivelmente, sem fazer nada."

No final, percebemos que a maioria de nós vê a morte de maneira negativa. Ilitch, quando "vê" a morte, não vê lama e escuridão, mas sim luz. A partir da percepção que temos da vida com os questionamentos que surgem na hora da morte, concluímos que a pré-morte é a mais sofrida.

Uma reflexão mais profunda nos leva a crer que a sociedade atual limpa-se da morte.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dia do escritor


Quem é escritor sabe que não é uma profissão nada fácil. Não falo só por conta dos empecilhos que encontramos para publicar um livro depois de pronto, mas principalmente do estágio de escrita. Não é fácil sentar em frente ao computador, ou a uma folha de papel, e usar as mãos para colocar tudo o que pensamos em palavras. Organizar as ideias e apresentá-las de uma maneira inédita e lógica é uma tarefa para poucos. 


Existem muitos escritores por aí. Mais até do que imaginamos. Escritores que não escrevem pra ninguém além de si mesmo. Escritores com um grande talento desconhecido. Escritores que não são reconhecidos. Escritores anônimos. Escritores de gaveta.

Um abraço para escritores que, como eu, esperam o reconhecimento pelas palavras.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Conversa 03

No ônibus:

Velhinha: É, os tempos estão difíceis mesmo. Olha só: ali na praça tem cinco garotos dividindo um cigarro. Coitados! Dividir um cigarro!
Eu: É. Cigarro.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Conversa 02

Ele: Vamos sair da sala?
Eu: Não estou afim hoje. Vou ficar por aqui.
Ele: Ah, não! No intervalo ficar em sala de aula é o mesmo que você trabalhar em empresa de telemarketing e no seu pouco tempo de intervalo ficar no computador.
Eu: Okay =/

terça-feira, 16 de julho de 2013

[livro] Minha primeira lição com Golovin

Não tem como falar da morte sem falar da vida. Essa foi a minha primeira lição ao começar a ler A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói. As pessoas encaram a morte como algo que pertence somente ao outro. No caso do livro, com a morte de Ivan, já se pensava em quem assumiria seu cargo, sua esposa já pensava na herança, e seu amigo, bem, seu amigo só esperava que sua morte não o atrapalhasse no jogo e também em quais atitudes ditas formais deveria tomar no velório. Mas quem nunca presenciou um situação parecida? Uma pessoa que pensa somente no trabalho, que coloca o trabalho e a aparência social acima de tudo, até mesmo da família. Uma pessoa que não se abala com a morte de um ente próximo, se tratando de preocupar somente com seu bolso e com sua barriga redonda de cerveja. Uma pessoa que prefere fingir que "é o tal" ao invés de assumir sua verdadeira posição social.

Não adianta negar. Todos nós conhecemos pessoas assim. Até mesmo Ivan organizou seu apartamento exatamente como as pessoas que fingem ser ricas organizam.

"Na realidade, havia ali o mesmo que há em casa de todas as pessoas não muito ricas, mas que desejam parecê-lo e por isso apenas se parecem entre si (...)"

É incrível como um livro tão distante em questões territoriais e cronológicas é tão parecido com a nossa realidade.

Petersburgo, 1882.
Brasil, 2013.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

Lector in Fabula

Momento propaganda gratuita aqui no blog. Mas calma, não é de nenhum produto. É sobre um grupo de leitura de livros, organizado pelo PET Letras - UFU. A reunião é semanal, e lemos um livro em voz alta com uma posterior apreciação.

"Lector in fabula: Grupo de Leituras da Literatura é um projeto coordenado pela professora do Instituto de Letras e Linguística – ILEEL, Marisa Martins Gama-Khalil, que tem como proposta central a realização de encontros semanais para a realização de leituras da literatura – romances, contos, crônicas, poemas, peças teatrais etc. O público alvo do projeto é bem abrangente, uma vez que agregará, tanto a comunidade de Letras – professores e alunos – como a comunidade acadêmica de outros cursos da UFU e o público externo de uma forma geral que se interessar pela leitura do texto literário. O objetivo do projeto é ampliar a formação de leitura dos participantes do grupo, já que, nos encontros, serão lidos textos literários considerados clássicos em nossa cultura, como também textos que se encontram à margem do cânone e que têm importância para a formação de leitura dos integrantes do grupo. Um outro objetivo será o de instigar a prática da comunicação oral, prática tão esvaziada nas escolas e universidades em decorrência da primazia que se concedeu à leitura silenciosa. Espera-se, portanto, que os debates gerados pelas leituras nos encontros do grupo possam contribuir com a formação acadêmica-profissional dos participantes e, especialmente, com a sua formação pessoal, já que, concordando com Antonio Candido, consideramos que uma das principais funções da literatura é a humanização do homem."

Semana passada finalizamos a leitura de Crime e Castigo, de Dostoiévski.


E eis aqui algumas fotinhas (deliciosas) da despedida:






E hoje iniciamos uma nova leitura: A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói. 



Depois farei um post sobre a reflexão que fizemos hoje após a leitura de algumas páginas do livro.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

A vida como ela é

A vida me surpreende a cada dia. Eu sei que ainda tenho muito a aprender, principalmente com algo que sai do lugar. Passado que não permanece onde deveria estar, futuro que se adianta. Por mais que eu me sinta preparada para eventuais bombas, sou sempre pega de surpresa.

Achei que dessa vez seria algo novo, algo diferente, algo que me fizesse suspirar e seguir em frente feliz e de cabeça erguida. Mas aconteceu algo inesperado, chocante. A famosa "volta dos que não foram". O que fazer com isso? O que deveria estar acabado e finalizado não está como deveria.


A impressão que tenho é que há um certo desejo inspirado na música da Regina Spektor: "I'll come back when you call me, no need to say goodbye". Mas não é assim que a vida funciona. Desejo de só uma parte não faz com que as coisas aconteçam, é necessário que isso venha de ambas as partes. É necessário que o mundo conspire para que o passado volte alegre e cativante, e posso te adiantar que junto com o passado sempre vêm as sombras. O presente sim, está luminoso, enquanto que o futuro... bem, quanto ao futuro ninguém pode afirmar nada. Mas afirmo que o recebo de braços abertos, afinal, mesmo na neblina é possível ver feixes de luz.


Não sou como Julieta, que sacrifica tudo por um amor imortal e eterno. Tampouco quero um Romeu. É um casal lindo e inspirador, mas apenas para páginas de um livro. Não se adéqua à vida como ela é, não se adéqua à minha realidade.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

conversa 01

I: Então está confirmado? Vamos mesmo pra academia?
Eu: Confirmadíssimo.
I: Bom mesmo. Meu metabolismo está muito lento, preciso agitar um pouco.
Eu: Iiiih! Se o seu está lento, o meu vai de ré!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

[livro] Feios – Scott Westerfeld



Em Vila Feia os adolescentes ficam em alojamentos, tendo aulas, convivendo com outros adolescentes feios. Tally, uma jovem feia, espera por seu presente: uma operação plástica que a tornará perfeita nos mínimos detalhes. Seu melhor amigo, Peris, já passou pela operação e reside em Nova Perfeição. Enquanto não completa 16 anos, a garota se contenta a admirar Nova Perfeição. Mas ela precisa falar com Peris e se aventura pela cidade dos jovens perfeitos. Depois de encontrar o amigo e fugir causando alvoroço, Tally conhece Shay.



As duas garotas ficam amigas, e através de Shay, Tally conhece as ruínas das cidades de nossa era, as Ruínas de Ferrugem. Assim, Tally fica sabendo de David, um rapaz que nasceu e cresceu em Fumaça, uma cidade para onde os feios que fogem da operação vão. Shay planeja uma fuga para as duas, mas Tally desiste e vai para a operação. Já no hospital, Tally é convencida pela dra. Cable a se infiltrar em Fumaça, com o pretexto de “salvar” a amiga.




Tally prepara-se para a viagem. Pranchas, comida desidratada, purificador de água, sacos de dormir... tudo é providenciado, além de um colar, que identificaria a posição de Tally. A garota parte rumo a cidade, e lá, descobre que poderia ter uma vida diferente da que teria em Nova Perfeição. Depois de descobrir verdades sobre a operação, Tally decide ficar, porém, o destino a leva de volta para dra. Cable, e Tally se “sacrifica” para que a “cura” criada pela mãe de David seja testada.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Por que?

Por que eu escrevo? Pra quem eu escrevo?

Escrevo porque me dá vontade, escrevo pra mim. Escrever é um jeito de expressar aquilo que não consigo dizer. Escrever é uma maneira de colocar para fora aquilo que está entalado na minha garganta. Escrever é uma forma de me sentir livre. Livre de tudo aquilo que me pesa, mesmo que temporariamente. Escrevo porque isso me faz bem.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Concurso Literário

Oi gente,

Estou participando de um concurso literário: o I Concurso Literário Sinpro Minas.

Gostaria que vocês torcessem por mim, é o primeiro que participo (teve um outro esse ano, mas dormi no ponto e perdi o prazo). Estou participando na categoria mini-conto, com a temática de conquistas.

Desde já, agradeço o apoio de vocês ^^

bjs

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Inspiração

O que eu quero é uma dose de inspiração. Preciso de um pouco de maldade em minha bondade, e uma pitada de bondade em tudo que há de mal. Necessito de algo forte, de algo que me faça sentir. 

Por tudo que é eterno, me incentive. Por tudo que é palpável, me agrade. Por tudo que é imaginável, me faça acontecer.

Mexo e remexo, mas nada encontro. Ligo e desligo, mas nada me acontece. O que falta?

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Tempo

 Olá, people!

Uma amiga minha, que também escreve quando "a inspiração vem", me pediu um favorzinho: publicar um texto dela. O nome dela é Priscila, dona do blog Divinas aventuras do Vô.

Qual o SEU relacionamento com o tempo? Você faria um acordo? Qual seria?



Tempo pra isso, tempo pra aquilo, tempo de coisas novas, tempo de lembranças, tempo de sonhar, tempo de realizar, tempos modernos. É, modernos. Tão modernos e tão furiosamente velozes que arrastam pelas suas areias todos, ou pelo menos quase todos, os nossos momentos e que fazem de nós pescadores de cada instante, lançando nossas redes no mar da vida na esperança de que consigamos guardar algum, algum. É como tentar apanhar água com a peneira.


foto: Crystal Spinelli
E é assim que começa: você mal nasce e ele já começa a passar você por isso. Isso. Passa. Ele, o "senhor tão bonito quanto a cara do meu filho" simplesmente passa. Não há remédio, não há consolo, não há como pará-lo. E como ele é "compositor de destinos" tudo o que podemos fazer é tentar aproveitar cada momento hoje, pra que o amanhã seja construído da melhor forma possível, uma vez que nosso autor nada esquece.

Um acordo com o tempo é o que tentamos fazer todos os dias, procrastinando tarefas ou atos, obrigações e prazeres. Entretanto, nem sempre o nosso "tambor de todos os ritmos" acompanha a melodia que queremos, e é por isso que poderíamos pensar um pouco melhor sobre aquele provérbio famoso... É! Aquele do biscoitinho! "Não deixe pra amanhã o que você pode fazer HOJE", até porque o seu HOJE pode ser fruto do seu ONTEM, além de ser o ONTEM do seu AMANHÃ.

Se eu pudesse fazer um acordo com o tempo, eu não pediria pra que ele não passasse, afinal de contas a inércia me parece chata e monótona. Porém gostaria que ele passasse um pouco mais devagar, assim, que nem canoa mansa, deixando estelas que agitariam levemente as águas da existência, lembrando que estou viva e me permitindo ter aquilo de mais precioso com o que (ou quem) é mais valioso pra mim. Queria ter mais amor, de amigos, de vida, de sorrisos, de afagos, e até de dores pra valorizar melhor as alegrias. Queria TER mais tempo.

Priscila D.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O que é o amor?

Ontem um moço muito simpático que faz teatro na Universidade veio me fazer umas perguntas. E essas perguntas eram sobre o amor.

O que é o amor?


Não me lembro muito bem da minha resposta, não é uma pergunta muito fácil de responder. Até porque não existe uma única forma de amor. Existe aquele amor "bobo" por outra pessoa, a primeira forma de amor que  me veio. E é a mais generalizada, a mais banalizada. Existe o amor "maduro", quando você já viveu muito com a pessoa, e a conhece como a palma da sua mão, acredita em todas as suas qualidades e acolhe todos os defeitos. Existe também aquele familiar, aquele amor pela mãe, pelo pai, pelos irmãos, pelos avós, e por aí vai. Existe o amor de estimação, aquele que sentimos pelo cachorrinho, pelo gatinho, pela tartaruga, pela maritaca, por um bichinho indefeso. E existe o amor material, aquele que você sente pelo seu livro favorito, por aquela blusinha velha e batida que você insiste em não dar um fim definitivo. 


Existe aquele amor de amigo, pelo qual você é capaz de fazer as coisas mais estúpidas que se pode imaginar. Existe o amor de criança, aquele amor inocente e indefeso. Enfim, existem várias formas de amor, várias formas de amar. Seria besteira generalizar todos em um só.

É possível amar mais de uma vez?

Claro que sim! Até porque não existe um única forma de amor. E mesmo aquele amor por outra pessoa. Acredito que podemos amar de novo. Acredito sim que podemos nos dar outra chance para nos apaixonarmos. Apesar de que muitas vezes o que achamos que é amor não passa de uma simples paixonite.

Quem ama perdoa?

Bom... depende. Depende da situação, do bom senso e de uma coisinha muito importante chamada amor-próprio. Cabe a cada um decidir se é o momento de perdoar ou não.