segunda-feira, 30 de junho de 2014

Grifos

Não escolhemos um livro ou uma poesia. São eles que nos escolhem. Por um motivo ou outro, aquelas sequências de palavras cruzam nossos caminhos. E fazem sentido na maioria das vezes. E como fazem!

Nada como se identificar com um parágrafo, uma fala, um pensamento ou até um versinho. Nada como marcar aquela passagem, marcar meu diálogo com o livro. Por vezes até escrevo em um espaço em branco na folha.

As palavras que leio são as mesmas que você lê. Mas o que tais palavras fazem comigo... ah! Isso é outra história!


---------------------------
Não se esqueça de curtir a página do #QVG no Facebook

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Clichê

"Eu não quero me envolver com você agora". Um clichê tão repetido, tão batido, tão usado. Mas ao mesmo tempo tão devastador. Uma decisão de um lado e um tapa na cara de outro. Um fatídico "não", em uma falha tentativa de ser amenizado.

Eu não gostei mais do que devia. Eu não amei mais do que podia. Eu só não entendo: porque não?

Pra quê fugir tanto de algo que você nunca teve a coragem de experimentar? Porque não assumir algo pelo menos uma vez na vida? Porque fugir tanto assim? A vida pode nos surpreender, você pode se surpreender. Eu não acredito em príncipes, mas por trás dessa carranca toda, e desse medo de se envolver, está uma pessoa sensível, sensata, capaz de fazer coisas que até eu não poderia imaginar, nem mesmo em meus surtos de criatividade. E eu acredito nessa pessoa escondida, eu acredito nessa pessoa escondida, eu acredito nessa pessoa que nem você descobriu ainda.


---------------------------
Não se esqueça de curtir a página do #QVG no Facebook

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Metamorfose


O animal chamado borboleta para mim representa a metamorfose. O animal começa como uma pequena larvinha, se torna uma lagarta e após um tempo sem que ninguém possa vê-la, ela se torna uma linda borboleta.

Esse animal me representa. Antes, uma larvinha insignificante estudando no ensino fundamental, olhada com desgosto até mesmo por outras larvinhas. Essa larvinha cresceu e ingressou no Ensino Médio, se transformando em uma lagarta. Muitas lagartas foram comidas por predadores. Elas tiveram filhos, tiveram que se dedicar inteiramente ao trabalho, adoeceram, faleceram. Após muita luta e espera, algumas lagartas viraram borboletas, outras ainda continuam dentro do casulo, lutando com a vida para mostrar ao resto do mundo que ela conseguiu vencer mais uma etapa da vida. Há também as lagartas que ainda são lagartas, ainda não estão em seus casulos e muito menos viraram borboletas.

Hoje eu me considero uma borboleta. Já fui uma uma pequena e insignificante larva do Ensino Fundamental. Cresci e virei uma lagarta do Ensino Médio. Minha transformação para borboleta não foi rápida e imediata. Fiz um ano de cursinho. Fiquei fechada e enclausurada no meu casulo por todo esse tempo. Mudei de ideias várias e várias vezes. Pensei em desistir. Pensei que ficaria enclausurada por muito mais tempo. Naquele ano vi várias borboletas se libertarem. Vi várias pessoas desistirem. Vi várias borboletas que saíram, mas não da forma que planejaram e não se tornaram na borboleta que queriam ser.

Finalmente saí do meu casulo. Inesperadamente. Estava perdendo as esperanças, mas saí. Hoje sou uma borboleta em evolução. Estou aprendendo a ver o mundo de outra maneira, um olhar de borboleta. Reconheço que mudei, mas para a visão de outras pessoas mudei mais do que percebo. Convivo com outras borboletas, algumas mais experientes e outras menos. Estou em meu campo florido, cheio de flores novas para experimentar.

Muitas lagartas que me acompanharam no meu período de lagarta e de enclausuramento se transformaram em borboletas e foram viver em outros campos floridos. Algumas lagartas ainda estão lagartas. Outras ainda estão em seus casulos. Mas irão sair. Irão encontrar seu lindo campo florido.


---------------------------
Não se esqueça de curtir a página do #QVG no Facebook